O negociado em Chicago caiu nesta segunda-feira, pressionado por maiores ofertas globais, apesar das exportações semanais dos Estados Unidos mais fortes do que o esperado, disseram analistas.
O cedeu, pressionado pela queda do trigo, embora as condições de seca na América do Sul tenham adicionado suporte. A terminou em baixa, sustentada pela demanda por exportação e pelo forte comércio de farelo, embora o trigo também tenha pesado sobre a oleaginosa, disseram traders.
O contrato de trigo mais ativo na Bolsa de Chicago (CBOT) perdeu 22 centavos para fechar em 7,39 dólares o bushel, depois de atingir 7,34 dólares, o menor valor para um contrato mais ativo desde 18 de outubro de 2021.
A soja caiu 0,75 centavo para 14,3775 dólares por bushel, enquanto o milho baixou 5,75 centavos para fechar em 6,4050 dólares por bushel, depois de cair para 6,3775 dólares por bushel, seu nível mais baixo desde 23 de agosto.
Os preços de exportação do trigo russo caíram na semana passada em meio a uma colheita recorde na Rússia e a oferta ativa do Mar Negro, disseram analistas.
“O maior exportador do mundo está dando o tom dos preços, e está mais baixo”, disse Don Roose, presidente da US Commodities.
Espera-se que a Austrália produza uma safra recorde de trigo de 62 milhões de toneladas este ano, de acordo com o Australian Bureau of Agricultural and Resource Economics (Abares, na sigla em inglês), apesar das inundações generalizadas nas regiões orientais do país.
Os contratos futuros de milho e soja seguiram em baixa, embora as perdas tenham sido limitadas pelo clima adverso nas principais áreas produtoras da América do Sul, incluindo uma seca prolongada que deixou mais de um terço da soja plantada na principal região agrícola da Argentina em condições de regulares a ruins.
A soja, porém, encontrou força no otimismo de exportação, já que os exportadores dos EUA venderam 130.000 toneladas de soja para entrega na China, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA.
A flexibilização adicional das regras de quarentena do Covid-19 em algumas cidades chinesas pode aumentar a demanda por commodities dos EUA, disseram traders.
(Reuters)