Plantas de SC são habilitadas; próximo passo é acrescentar PR e RS, novas áreas reconhecidas pela OMSA como livres de aftosa sem vacinação
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) celebrou o anúncio feito na segunda-feira (14) pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, sobre a abertura do mercado do México para a carne suína do Brasil, informou a entidade no mesmo dia.
As habilitações são das plantas frigoríficas do estado de Santa Catarina que, à época da solicitação de acesso às autoridades mexicanas, era a única região brasileira reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como livre de aftosa sem vacinação.
A publicação da autorização foi feita na segunda-feira (14) pelo Senasica – órgão equivalente ao ministério da agricultura brasileiro, responsável pelo controle da produção, importação e exportação de alimentos no México.
A abertura, na visão do presidente da ABPA, Ricardo Santin, representa uma das mais importantes conquistas para a cadeia exportadora de proteína animal do Brasil.
“O México é, historicamente, um dos três principais destinos das exportações globais de carne suína, com volumes próximos a 1 milhão de toneladas. Falamos de aproximadamente 10% do trade global. A abertura é parte das medidas tomadas pelo governo mexicano para o controle inflacionário e das ações do Mapa [Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento] e do MRE [Ministério das Relações Exteriores]brasileiros no sentido de ampliação dos acessos de nossa proteína. Neste contexto, o Brasil reforça a sua posição de apoio às nações para a segurança alimentar e para a oferta de alimentos”, disse Santin em nota.
De acordo com o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua, as exportações brasileiras deverão ser direcionadas aos processadores mexicanos, evitando concorrência com a produção local de suínos.
“Vamos atuar em complementaridade à produção mexicana de suínos. Exatamente neste sentido, envidaremos esforços para ampliar a habilitação para plantas das novas áreas reconhecidas pela OMSA como livres de aftosa sem vacinação, como Rio Grande do Sul e Paraná, ampliando ao máximo a capacidade de fornecimento de produtos brasileiros à população do México”, disse na mesma nota o diretor da ABPA.
No mês passado, o México detectou o primeiro caso de gripe aviária H5N1 (altamente patogênica) em seu território, o que certamente vem acarretando problemas para a produção local de outra proteína, a de frango, uma vez que são recomendados sacrifícios de aves, quarentena e outras medidas.