Três navios de partida deixaram os portos ucranianos até o meio-dia de terça-feira sob o acordo de exportação de grãos do Mar Negro, disse o centro de coordenação liderado pelas Nações Unidas, no segundo dia de travessias depois que a Rússia suspendeu sua participação na iniciativa.
O comunicado disse que o movimento dos navios foi acordado pelas delegações ucraniana, turca e da ONU no Centro de Coordenação Conjunta (JCC) com sede em Istambul e a delegação russa foi informada.
Amir Abdulla, coordenador da ONU para a Iniciativa de Grãos do Mar Negro, “continua suas discussões com os três estados membros em um esforço para retomar a participação plena no JCC”, disse o comunicado.
O acordo de exportação foi acordado pela Rússia e pela Ucrânia e intermediado pela Turquia e as Nações Unidas em julho para aliviar uma crise de fome mundial causada em parte pela invasão da Ucrânia por Moscou e bloqueio anterior de seus portos.
Doze navios partiram dos portos ucranianos na segunda-feira, o maior dia de exportações desde o início do programa, enquanto dois chegaram.
O presidente Vladimir Putin disse que a decisão da Rússia de suspender a participação no programa foi uma resposta a um ataque de drone à frota de Moscou na Crimeia no sábado, que ele atribuiu à Ucrânia. Moscou disse na segunda-feira que era “inaceitável” que o transporte passasse pelo corredor.
Kiev não assumiu a responsabilidade pelo ataque e nega usar o corredor de segurança do programa de grãos para fins militares. A ONU disse que nenhum navio de grãos estava usando a rota do Mar Negro no sábado.
O ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, disse aos ministros de defesa e infraestrutura da Ucrânia que manter a iniciativa em andamento é importante e que, como iniciativa humanitária, deve ser mantida separada do conflito na Ucrânia, disse o ministério de Akar na terça-feira.
Equipes da ONU e da Turquia continuaram suas inspeções na terça-feira de navios de partida ancorados em Istambul, disse o comunicado do JCC, tendo liberado 46 navios para navegar na segunda-feira.
(Reuters)