O aperto monetário nos EUA, as políticas monetárias globais divergentes e a potencial volatilidade do mercado continuam sendo os principais desafios para os mercados emergentes no segundo semestre de 2018, estima a agência de classificação de risco Fitch.

“A pressão recente sobre as moedas dos mercados emergentes mostra que os mercados estão menos tolerantes a erros e inconsistências nas políticas, e as respostas dos Comitês de Política Monetária de emergentes podem ter implicações no crescimento”, apontou a agência.

A Fitch destacou que o ritmo diferente de normalização monetária nos EUA e na zona do euro e a divergência na dinâmica subjacente de crescimento e inflação coloca pressão de alta sobre o dólar dos EUA. “Juntamente com o aumento dos rendimentos dos títulos dos EUA, isso está levando a um aperto nas condições financeiras globais e está tornando os mercados de bônus e de moeda e os fluxos de capital mais voláteis”, apontou a agência.

A Fitch espera agora um aumento de juros pelo Banco Central Europeu (BCE), em vez de dois, em 2019, “enquanto a nossa previsão para um total de quatro aumentos do Federal Reserve em 2018 e três no próximo ano permanece inalterada”, apontou. (AE)