O Ministério da Agricultura acaba de aprovar o registro de 46 defensivos agrícolas formulados, ou seja, produtos que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores. Do total registrado, 18 são produtos de baixo impacto, dos quais seis com uso autorizado na agricultura orgânica. Medida nesse sentido está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, por meio do Ato Número 50, do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária.

Conforme o ministério, a novidade é o registro do produto de baixa toxicidade com ingrediente ativo novo Phthorimaea operculella granulovírus, que teve aprovação para controle da traça do tomateiro, tornando-se uma boa opção para o manejo dessa praga.

Outro ingrediente ativo inédito, à base do óleo essencial de Cinnamomum verum, teve dois produtos registrados para o controle da mosca-branca (Bemisia tabaci raça B) na cultura da soja. Bemisia tabaci é uma das pragas prioritárias para o Ministério da Agricultura.

Já em relação aos registros químicos, ganha destaque os dois registros do herbicida Diquat (considerado o substituto do Paraquat), aumentando as opções para o sojicultor na safra que se inicia.

Para a agricultura orgânica, saiu o registro de uma isca formicida à base do extrato da planta Tephrosia candida. É o segundo registro de um formicida com base na Especificação de Referência nº 04, para controle de formigas cortadeiras Atta sedens rubropilosa e Atta laevigata.

O destaque dos nematicidas fica por conta dos dois produtos biológicos compostos por uma mistura de isolados de Bacillus paralicheniformis e Bacillus subtillis, com recomendação de controle de nematoide-das-galhas (Meloidogyne incógnita), nematoide-do-cisto da soja (Heterodera glycines) e nematoide das lesões (Pratylenchus brachyurus).

Para o controle da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), uma das pragas prioritárias no ano de 2022, o agricultor terá disponível mais uma ferramenta de controle com Baculovírus, de uso aprovado para a agricultura orgânica, além de um produto à base de Bacillus thuringiensis, isolado S 234 e outro à base de Metarhizium riley, Cepa CCT7771.

Outra praga também considerada prioritária, o fungo Sclerotinia sclerotiorum que causa o mofo-branco, teve o registro de dois produtos biológicos à base de Trichoderma afroharzianum, linhagem CEN 287.

As culturas com suporte fitossanitário insuficiente, também conhecidas como minor crops, como araticum, atemóia, batata-yacon, cacau, cará, chalota, cherimóia, chuchu, cupuaçu, feijão-caupi, fruta-do-conde, gengibre, gergelim, grão-de-bico, graviola, guaraná, inhame, kiwi, lentilha, linhaça, mandioca, mandioquinha-salsa, maxixe, nabo, pinha, quiabo, rabanete e romã, poderão receber tratamentos com o fungicida flutriafol (classificado pela Anvisa como categoria 5 – Improvável de Causar Dano Agudo). “O registro de agrotóxicos para culturas com suporte fitossanitário insuficiente é importante para auxiliar no manejo de pragas pelos agricultores”, explicou o ministério.

Conforme o governo, todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

(Broadcast Agro)