No dia da renúncia da primeira-ministra britânica, Liz Truss, o mercado financeiro teve uma trégua. O dólar aproximou-se de R$ 5,20 e atingiu o valor mais baixo em 10 dias. A bolsa de valores subiu pela quarta vez consecutiva e chegou ao patamar mais alto em duas semanas.
O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (20) vendido a R$ 5,218, com queda de R$ 0,057 (-1,07%). A cotação abriu em torno dos R$ 5,25 e passou a cair fortemente após a confirmação da renúncia de Liz Truss. Na mínima do dia, perto das 12h, chegou a R$ 5,19.
A moeda norte-americana está no menor valor desde o dia 10. Com o desempenho de hoje, o dólar acumula queda de 3,28% em outubro. Em 2022, a divisa caiu 6,42%.
No mercado de ações, o dia foi marcado por ganhos. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 117.171 pontos, com alta de 0,77%. O indicador atingiu o maior valor desde o dia 6. Ações de bancos e de petroleiras puxaram a alta.
O dólar caiu em praticamente todo o planeta após a confirmação da renúncia de Truss. O pacote de corte de impostos para as camadas mais ricas da população britânica e de congelamento de impostos para empresas, anunciado há três semanas, foi mal recebido pelo mercado global. Isso porque as medidas seriam financiadas por meio do aumento da dívida pública britânica, o que provocou um efeito dominó no mercado financeiro nas últimas semanas.
Paralelamente, a divulgação de lucros de empresas norte-americanas melhores que o esperado trouxe alívio para os investidores globais, reduzindo a busca por títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do mundo. Quando a demanda por esses papéis sobe, o dólar valoriza-se, pressionando moedas de países emergentes, como o Brasil.