Os produtores de milho em Mato Grosso comercializaram até o mês de setembro 16,50% da colheita prevista em 2022/23, que ainda será semeada. A informação é do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em boletim mensal. Em relação ao boletim mensal anterior, houve avanço de 2,18 pontos porcentuais no Estado.
Quanto à média dos últimos cinco anos, de 32,86%, a comercialização antecipada está atrasada na comparação com igual estágio da safra. Em relação à safra 2021/22, também há atrasos. No ciclo passado, os produtores mato-grossenses haviam comercializado com antecedência, em igual período do ano, 32,80% da safra prevista.
Para a safra 2021/22, o Imea informou que já foram comercializados, até setembro, 78,48% dos grãos, avanço de 4,82 pontos porcentuais em relação ao mês anterior. Em relação à média de cinco anos, 89,59% da safra comercializada em igual período da safra anterior, os trabalhos seguem atrasados. Em relação à safra 2020/21, com 89,21%, a comercialização em 2021/22 também está atrasada.
Soja – A comercialização da soja 2021/22 em Mato Grosso avançou 2,83 pontos porcentuais em setembro, alcançando 90,40% da produção. “Com a aproximação da nova safra, o produtor começou a se preocupar com a abertura de espaço nos armazéns e, por isso, vendeu mais soja no mês”, disse o Imea.
No que tange ao valor médio da soja comercializada, o preço caiu 1,35% em relação ao mês de agosto, fechando na média de R$ 159,37/saca, pautado pela queda nas cotações da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) no contrato corrente.
Em relação à safra 2022/23, com o início da semeadura da oleaginosa em ritmo dentro do esperado em várias regiões, produtor voltou a negociar em setembro. “Diante disso, as vendas da oleaginosa avançaram 2,08 p.p. no comparativo mensal, alcançando 28,75% da produção”, disse o Imea. Além disso, o preço médio aumentou 1,86% ante o observado em agosto, precificado na média de R$ 149,41/saca, reflexo da alta do dólar futuro e dos futuros da soja em Chicago.