A soja negociada na bolsa de Chicago tinha leve alta no início desta na sexta-feira, mas permanecia no caminho para um terceiro declínio semanal, pressionada pela desaceleração das compras do principal importador, a China, e pelas expectativas de produção recorde no Brasil.
Os preços do trigo subiam devido às preocupações com a produção na Rússia e na Ucrânia, embora o mercado esteja pronto para sua primeira queda em três semanas.
“A demanda chinesa por soja está lenta e há estimativas de uma grande safra no Brasil, embora seja um pouco cedo porque a safra ainda não foi plantada”, disse um analista em Sydney.
O contrato de soja mais ativo em Chicago subia 0,3%, a 13,6225 por bushel, apontando para perdas nas últimas três semanas para mais de 6%.
O trigo rumava para uma queda de 4% nesta semana, enquanto o milho, meio por cento no mesmo período.
As importações de soja pela China devem cair para o menor nível em mais de dois anos neste mês, aumentando o aperto na oferta de importante ingrediente de ração animal e agravando os problemas dos fabricantes de ração para suínos do país.
As chegadas de soja na China, o maior importador do mundo, estão estimadas em cerca de 5 milhões de toneladas em outubro, de acordo com dois traders e Ole Houe, diretor de serviços de consultoria da corretora agrícola IKON Commodities em Sydney.
Importações de 5 milhões seriam as mais baixas desde março de 2020.
A chegada das chuvas em setembro permitiu um início promissor para a safra 2022/2023 da soja no Brasil, com os agricultores prestes a colher um recorde de 150,62 milhões de toneladas, apesar dos riscos de seca associados ao fenômeno climático La Niña no sul do país, segundo uma pesquisa da Reuters.
(Reuters)