➡ Dólar pesando sobre o mercado de grãos
O cenário de volatilidade, devido a fatores externos e da política nacional, impactam nos preços das commodities brasileiras.
Milho 🌽
Negócios pontuais no mercado interno e também refletindo a Paridade de Exportação faz com que o milho comercializado em Campinas/SP recue para próximo dos R$ 83,50/sc. Ainda reagindo a forte queda do dólar na bolsa brasileira ao nível de R$ 5,2 e descolado de Chicago, o futuro de milho com vencimento novembro/22 (CCMX22) acumulou mais um dia de queda na B3 e fechou o pregão regular de terça-feira (04) a R$ 86,40/sc, queda de 1,58%.
Com o Índice Dólar (DXY) recuando mais de 1% nesta terça-feira (04), o que é positivo para as commodities agrícolas, e reagindo aos dados de progresso de safra reportados pelo USDA no último dia 03/out, os futuros do cereal contabilizaram mais um dia de avanços na CBOT. Variando +0,33%, o contrato CZ22 (dez/22) finalizou a sessão diurna de 3ª feira (04) a US$ 6,83/bu.
Boi Gordo 🐂
Nessa terça-feira, todas as praças monitoradas mantiveram suas cotações estáveis no mercado físico do boi gordo, inclusive na praça paulista, onde a arroba do boi comum se sustenta em R$ 270,00 e a do “boi China” em R$ 295,00, com escalas na média de onze dias. Na B3, o contrato com vencimento para out/22 passou por ajustes positivos de 0,45%, e fechou o dia em R$ 299,55/@.
Entretanto, na última semana, o indicador boi gordo da Agrifatto registrou ajustes negativos mais acentuados, principalmente por conta da facilidade na compra de bovinos pelos frigoríficos, que colocaram pressões baixistas nos preços. O recuo semanal do animal foi de 1,47%, até ser cotado à R$ 285,74/@, menor valor de 2022.
Soja 📊
A forte queda do dólar no início da semana e expectativas de boa produção da safra brasileira de soja fazem com que o preço da oleaginosa recue para próximo dos R$ 177,50/sc no mercado físico de Paranaguá/PR.
Mais um dia de correções técnicas foram observadas para os futuros de soja em Chicago, após a forte queda observada na última sexta-feira. Além disso, os ativos reagem ao fato da colheita estar levemente atrasada em relação à média dos últimos 5 anos, e também pelas condições ruins e muito ruins da safra americana que avançaram um ponto percentual em relação à semana anterior e atingiram o maior nível (16%) desde 2018. O atual vencimento ZSX22 (nov/22) subiu 0,69% nesta 3ª feira e fechou cotado em US$ 13,84/bu.
Agrifatto