O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, reiterou que o governo atuará no mercado cambial sempre que necessário “a fim de conter a volatilidade” e que a valorização do dólar é um movimento global. Ele fez os comentários durante a posse da nova diretoria da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Tentando tranquilizar os representantes do mercado, Guardia reforçou que a situação econômica do País e os instrumentos disponíveis hoje são diferentes do cenário de 2002, quando também houve forte valorização do dólar ante o real.

“Temos amplas reservas em dólares e o nosso colchão de liquidez é de R$ 575 bilhões. Naquela época, não tínhamos reservas e sim uma dívida alta em dólar.” O ministro pontuou que o cenário de valorização da moeda norte-americana é global e “que banco central nenhum dá conta de controlar. Porém, o nosso papel é suavizar a volatilidade”, reforçou.

Guardia mencionou que durante a greve dos caminhoneiros algumas decisões “difíceis” foram tomadas, mas todas preservaram a situação fiscal do País. “Nosso compromisso com a disciplina fiscal foi e tem sido absoluto. Conseguimos fazer compensações fiscais por conta da greve, tomamos medidas responsáveis pensando neste ano e no próximo, quando teremos um novo governo”, reforçou.

Segundo o ministro, outra grande preocupação durante as negociações a respeito da paralisação dos caminhoneiros foi a Petrobras. “A política de preço foi totalmente preservada. Atendemos o fiscal e respeitamos a autonomia da empresa”, disse. (CMA)