A certificadora de produtos halal CDIAL Halal tem registrado aumento na procura por certificação por parte de frigoríficos visando iniciar ou ampliar exportações de carnes, disse o diretor de Operações da CDIAL Halal, Ahmad Saifi, à CarneTec.
“A gente tem conseguido novos contratos com frigoríficos que ainda não faziam exportação no mundo halal ou fizeram no passado”, disse Saifi na semana passada.
A certificação halal dá aos frigoríficos acesso a mercados com consumidores muçulmanos, incluindo o Oriente Médio.
“O Oriente Médio, de uma forma geral, é uma região que tem um poder aquisitivo muito alto, o consumo lá continua bastante forte”, disse Saifi, ao acrescentar que a região se recuperou mais rapidamente da pandemia em comparação a outros mercados importadores.
A procura por certificação halal também ocorre por frigoríficos interessados em exportar para outros mercados que não são muçulmanos, mas que exigem certificações e alto padrão de qualidade dos produtos.
“Muitos países que não são muçulmanos consomem halal. A gente tem um cliente que pediu certificação para exportar para o Japão. O japonês sabe que a certificação halal é também sinônimo de qualidade”, disse Saifi.
O processo de certificação halal de frigoríficos avalia se o estabelecimento cumpre as regras de produção, abate, armazenagem e distribuição exigidas com base no respeito aos valores e princípios da religião do Islam.
Após concedida a certificação, um supervisor é mantido na unidade frigorífica diariamente para comprovar que as regras continuam a ser seguidas.
Saifi disse que o Brasil já possui regras sanitárias sólidas e sérias e que o processo de certificação, geralmente, exige pequenas adequações nos frigoríficos.
Cerca de 40% das exportações brasileiras de carnes de frango e bovina são halal, segundo levantamento da CDIAL Halal.
(CarneTec)