Os custos dos insumos aumentaram tanto na agropecuária (dentro da porteira) quanto nas agroindústrias. De acordo com o Cepea, a base de comparação elevada também explica a queda neste ano – os números foram recorde em 2021.
Com base no desempenho da economia brasileira e do agronegócio até o momento, Cepea e CNA estimam que a participação do setor no PIB geral do país ficará em torno de 25,5% em 2022. No ano passado, a participação foi de 27,5%.
O segmento primário agrícola recuou 14,01% no semestre, puxado pelo aumento dos gastos dentro da porteira. Por outro lado, o segmento de insumos cresceu 31,81%, justamente por causa da elevação dos preços desses itens.
O PIB da agroindústria de base agrícola teve desempenho modesto de janeiro a junho, com aumento de 0,45%. Mesmo com preços médios em patamar elevado, o desempenho desse segmento tem sido afetado pela queda na produção em áreas elevantes. Os custos também pressionaram os resultados das empresas de base vegetal e animal.
No ramo pecuário, embora o faturamento médio da produção primária (dentro da porteira) esteja praticamente estagnado na comparação com o mesmo período de 2021, Cepea e CNA identificaram certo “alívio dos custos” ao longo do primeiro semestre, em especial graças à queda dos preços de rações e medicamentos. “Esse alívio explica a queda do PIB do segmento de insumos pecuários, de 2,45% no semestre, e o aumento de 1,7% no PIB primário pecuário”, explica a nota.
Já o PIB da agroindústria pecuária caiu 3,44% devido ao “aumento dos custos industriais a taxas superiores às do crescimento esperado para o faturamento”.
(Valor Econômico)