A capacidade total de processamento de oleaginosas no Brasil cresceu 4,1% e atingiu 66,7 milhões de toneladas/ano em 2022, em comparação com o levantamento anterior, de 2020. Com relação à capacidade ativa, verificou-se uma elevação de 5,0%, com aumento da participação de plantas em atividade no total do processamento de 88,0% em 2020 para 88,7% neste ano. As informações fazem parte de levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

A estratificação por tamanho de planta permitiu concluir que houve um incremento na capacidade das unidades de grande porte (acima de 4mil toneladas produzidas por dia), saltando de 5,5 milhões de t/ano em 2020 para 8,7 milhões em 2022.

Analisando regionalmente, o resultado indicou aumento da capacidade ativa de processamento em todas as regiões do País com suas participações se mantendo relativamente constantes. No âmbito estadual, destaca-se a capacidade de plantas ativas em Mato Grosso, que saiu de 11,1 milhões de t/ano em 2020 para 11,7 milhões em 2022. Outros destaques positivos ficam por conta de Santa Catarina, que registrou aumento de 44,8% da capacidade ativa instalada, atingindo 1,3 milhão de t/ano em 2022, e Tocantins, que obteve aumento de 72,4% no período, com capacidade ativa de 1,6 milhão de t/ano.

No segmento de refino, a capacidade instalada no Brasil cresceu 3,2%, sendo expressa em 8,0 milhões de t/ano. Em termos de plantas ativas, o aumento foi de 2,8%, atingindo 6,8 milhões de t/ano. Do ponto de vista regional, o Centro-Oeste registrou capacidade ativa de refino de 2,9 milhões de t/ano em 2022, com aumento de 19% sobre 2020. Além disso, a região Sul apresentou elevação de 3,0% na sua capacidade total, ficando em 1,8 milhões de t/ano.

Já a atividade de envase cresceu 5,4% neste ano. Com relação a plantas ativas, o aumento foi de 4,7%, se estabelecendo em 4,4 milhões de t/ano. Esta elevação se deveu ao bom desempenho de Mato Grosso, que apresentou incremento de 33,6% na sua capacidade ativa de envase entre os dois anos. Outros destaques positivos ficam por conta de São Paulo e Minas Gerais, cujas capacidades de envase por plantas ativas aumentaram em 6,4% e 12,6%, respectivamente.

O levantamento destaca, ainda, os investimentos na construção e expansão de novas unidades, movimento imprescindível para geração de renda e emprego. Entre 2020 e 2022, houve um investimento estimado de R$ 2,5 bilhões nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, com usinas integradas com biodiesel.

Para o próximo ano, já está previsto R$ 1 bilhão em expansão e construção de novas unidades, nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Esse volume representa mais 1,1 milhão de toneladas para a capacidade de 2023. Ainda assim, alguns fatores como o aumento da mistura de biodiesel ao diesel comercial podem estimular mais investimentos na indústria.

(Broadcast Agro)