Um dia depois de aproximar-se dos R$ 5, o dólar teve forte alta e voltou a fechar acima de R$ 5,10. O dólar comercial encerrou esta terça-feira (30) vendido a R$ 5,113, com alta de 1,58%, ou seja, de R$ 0,08.
A moeda iniciou o dia em baixa, chegando a cair para R$ 5,01 nos primeiros minutos de negociação, mas inverteu o movimento após a divulgação de dados do mercado de trabalho norte-americano.
Com o desempenho de hoje, o dólar acumula queda de 1,18% em agosto. No acumulado de 2022, a divisa recuou 8,3%.
No mercado de ações, o dia também foi marcado pela turbulência. O índice Ibovespa, da B3, a bolsa de valores de São Paulo, fechou aos 110.431 pontos, com recuo de 1,68%. O indicador chegou a operar em alta no início da sessão, mas passou a cair puxado pelas bolsas norte-americanas e pelo recuo no preço das commodities (bens primários com cotação internacional).
Na manhã de hoje, o Departamento de Trabalho nos Estados Unidos divulgou que a criação de empregos na maior economia do mundo aumentou em julho. O bom desempenho no mercado de trabalho reacendeu as expectativas de que o Federal Reserve (o Banco Central norte-americano) continue severo no aumento dos juros.
Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de recursos de países emergentes, como o Brasil, pressionando o dólar e a bolsa. A expectativa de que os Estados Unidos entrem em recessão por causa do aumento dos juros derrubou o preço das commodities.
O barril do petróleo tipo Brent, usado nas negociações internacionais, caiu para abaixo de US$ 100, trazendo reflexos para a bolsa brasileira. As ações da Petrobras, as mais negociadas no Ibovespa, tiveram forte queda. Os papéis ordinários (com direito a voto em assembleia de acionista) caíram 5,17%. As ações preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) recuaram 5,95%.