(Reuters) – O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou a alta a 1,5 por cento na primeira prévia de junho, contra 1,12 por cento no mesmo período do mês anterior, diante da forte alta nos preços de alimentos in natura no atacado e da gasolina no varejo, depois da greve de caminhoneiros no final de maio.

Os dados divulgados nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostram que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 2,06 por cento no período, depois de alta de 1,58 por cento na primeira leitura de maio. O IPA mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do índice geral.

O movimento reflete, principalmente, o salto nos preços de alimentos in natura, de 9,70 por cento no período, ante queda de 5,03 por cento.

Para o consumidor a pressão aumentou, com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30 por cento no índice geral, subindo 0,54 por cento na primeira leitura de junho, ante 0,21 por cento em maio.

No IPC, o grupo Transporte ganhou 1,16 por cento, depois de recuar 0,41 por cento no mesmo período do mês anterior, com forte alta de 4,89 por cento no preço da gasolina, sobre queda de 0,23 por cento.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, avançou 0,18 por cento na primeira prévia de junho, depois de subir 0,38 por cento no mesmo período do mês anterior.

O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.