Mato Grosso deve semear 11,81 milhões de hectares de soja na safra 2022/23, reafirmou o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em boletim de estimativa de área e produtividade. Se esta área for confirmada, será 2,92% maior em relação à safra 2021/22.
Já o rendimento deve alcançar 58,58 sacas por hectare em 2022/23, indicando um recuo inicial de 1,26% em relação ao ciclo anterior, disse o Imea, acrescentando que, daqui por diante, “os olhares se intensificam em relação ao clima, visto que restam menos de 45 dias para o fim do vazio sanitário da soja em Mato Grosso”.
Segundo o Imea, em relação ao regime de chuvas, para setembro, a média dos modelos climáticos do NOAA aponta chuvas dentro das médias históricas. “O maior volume de precipitações está previsto para outubro, período em que quase todo o Estado poderá ter chuvas acima da média histórica”, cita o instituto. Entretanto, o fenômeno La Niña pode interferir no regime de chuvas, “como atrasos nas precipitações do início da primavera em Mato Grosso, postergando, desse modo, a semeadura de soja”.
Milho – Mato Grosso deve colher, na safra de inverno de milho referente ao ciclo 2021/22, um total de 39,16 milhões de toneladas, 20,24% a mais que a safra passada, estimou Imea, no boletim. Já a área semeada deve ser 9,43% maior, com 6,39 milhões de hectares, “pautada pelo aumento da demanda externa por milho e pelas usinas de etanol de milho no Estado”.
Além disso, com 97,95% das áreas já colhidas, o Imea manteve a projeção de rendimento em 102,10 sacas por hectare.
Algodão – O Imea reafirmou a área cultivada de algodão em Mato Grosso em 1,18 milhão de hectares em 2021/22, aumento de 22,43% ante o ciclo 2020/21. Entretanto, a produtividade média do Estado apresentou recuo de 1,13% em relação à previsão de julho e de 4,46% quanto ao ciclo 2020/21, para 265,29 arrobas por hectare.
Segundo o Imea, o cenário de menor rendimento para a temporada é pautado pelas adversidades climáticas que afetaram algumas lavouras de Mato Grosso, sobretudo no centro-sul e oeste mato-grossenses. “Além disso, 44,79% da área total aguardada para o ciclo já foi colhida, e os registros de rendimento dessas áreas vem confirmando os impactos na produtividade esperada para a temporada”, diz. “Por fim, com a queda do rendimento esperado, a produção do algodão em caroço ficou projetada em 4,69 milhões de toneladas, 1,14% menor que a estimativa passada.”