Os contratos futuros da soja tiveram um rali pelo quarto dia consecutivo e atingiram máxima de duas semanas nesta quarta-feira em Chicago, diante de previsões de clima quente e seco em partes do Meio-Oeste dos EUA até o início de agosto, que podem ameaçar as condições da oleaginosa durante uma fase crucial de desenvolvimento das lavouras.
trigo recuou com o avanço do acordo para reabrir as exportações marítimas de grãos ucranianos, apesar dos recentes ataques de mísseis da Rússia a instalações portuárias em Odessa e Mykolaiv.
O ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, inaugurou na quarta-feira um centro em Istambul para supervisionar a exportação de grãos ucranianos após um acordo histórico da Organização das Nações Unidas na semana passada.
Já os futuros do milho também terminaram em alta, com as condições climáticas dos EUA pesando mais do que os preparativos para retomada de embarques ucranianos, de acordo com traders. Ainda assim, o pacto com a Rússia para liberar o transporte de grãos pelo Mar Negro limitou os ganhos do cereal.
O contrato de soja mais ativo na Bolsa de Chicago (CBOT), para novembro, subiu 26,25 centavos para 14,10 dólares por bushel, depois de atingir 14,1650 dólares, seu maior nível desde 12 de julho.
O milho para dezembro ganhou 2,25 centavos a 6,03 dólares por bushel, após atingir o patamar mais alto desde 19 de julho, a 6,0675 dólares, enquanto o trigo soft vermelho de inverno caiu 13,50 centavos para 7,9025 dólares por bushel.
Chuvas recentes em partes do Meio-Oeste dos EUA ajudaram as lavouras de milho durante a polinização, mas a falta de umidade indicada nas próximas previsões pode prejudicar as plantas de soja à medida que elas desenvolvem vagens, disse Brian Hoops, analista de mercado sênior da Midwest Market Solutions.
“A previsão para agosto é de condições quentes e secas, o que prejudicaria os rendimentos da soja. Com os balanços já extremamente apertados, não podemos nos dar ao luxo de perder nenhum rendimento no complexo soja.”
(Reuters)