Uma maior quantidade de bovinos enviados para os frigoríficos no mês de maio permitiu o aumento da utilização da capacidade de abate em Mato Grosso, informou o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em boletim semanal. Houve incremento de 15,62 pontos porcentuais em maio em relação ao mês anterior, para 88,82% da capacidade real de abates. Isso equivale ao abate médio de 18,2 mil cabeças de gado por dia, diz o Imea. Capacidade “real” diz respeito ao número de frigoríficos efetivamente em operação.
Segundo o Imea, para este mês de junho, ainda se espera elevada oferta de bovinos terminados por causa do início da seca, e, com isso, “o retorno das compras de algumas indústrias tende a aumentar a competitividade no mercado”.
Exportações – No mesmo boletim, o Imea informou que as vendas externas de carne bovina de Mato Grosso em maio caíram 8,85% em relação a abril, em equivalente-carcaça. No mês passado, foram embarcadas ao exterior 42,39 mil toneladas de carne bovina, sendo que, em abril, o desempenho foi de 46,51 mil toneladas. A China adquiriu a maior quantidade, com 28,4 mil toneladas, ou 5,9% menos ante abril. Em relação ao faturamento obtido com as vendas da proteína vermelha ao exterior, houve recuo de 3,72% em maio ante abril, para US$ 212,6 milhões.
Mesmo com o gigante asiático tendo comprado menos carne bovina mato-grossense, o Imea observa que o que de fato fez com que os embarques recuassem no mês passado foram as menores aquisições dos países do Oriente Médio, que compraram 28,05% menos. A Palestina, por exemplo, adquiriu 65,5% menos carne bovina de Mato Grosso em maio ante abril.