As importações de do Brasil pela China caíram em maio, enquanto as cargas trazidas dos Estados Unidos tiveram alta acentuada, mostraram dados alfandegários nesta segunda-feira, uma vez que os preços elevadas reduziram a demanda por cargas sul-americanas.
O maior comprador de soja do mundo importou 7,79 milhões de toneladas da oleaginosa do Brasil em maio, ante 9,23 milhões de toneladas um ano antes, mostraram dados da Administração Geral de Alfândegas.
As cargas trazidas dos Estados Unidos em maio chegaram a 1,73 milhão de toneladas, bem acima das 244.431 toneladas do ano anterior, segundo dados alfandegários.
Os compradores chineses se voltaram para a soja dos EUA para obter melhores lucros durante o pico da temporada de exportação de soja brasileira, já que o mau tempo elevou os preços da oleaginosa no país sul-americano.
Nos primeiros cinco meses do ano, a China trouxe 20,47 milhões de toneladas de soja brasileira, ante 15,66 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado.
As importações da oleaginosa dos Estados Unidos alcançaram 16,77 milhões de toneladas de janeiro a maio, ante 21,51 milhões de toneladas no ano anterior.
As baixas margens de esmagamento vêm pesando sobre o apetite dos trituradores por soja nos últimos meses. Os trituradores em Rizhao perderam cerca de 172 iuanes (25,75 dólares) por cada tonelada de soja processada.
A demanda por farelo de soja do setor de rações está sob pressão, pois o setor agrícola tem lutado para obter lucros.
As restrições da Covid-19 também limitaram o movimento de mercadorias e pessoas, interrompendo o comércio normal de ração e prejudicando os negócios.
Mas as margens dos suínos melhoraram nos últimos dois meses, retornando ao terreno positivo devido ao aumento dos preços dos suínos.
Dada a expectativa de elevação dos preços dos suínos, a demanda por farelo de soja pode aumentar e levar as margens de moagem para território positivo em alguns meses, após trituradores trabalharem com seus grandes estoques de farelo de soja, disseram traders.
Atualmente, a China conta com ampla oferta de soja, com 9,67 milhões de toneladas recebidas em maio e expectativa de quase 9 milhões de toneladas em junho, culminando em altos estoques de farelo de soja.
(Reuters)