A semeadura e o desenvolvimento do milho segunda safra foram menos afetados pela seca sazonal, característica deste período na região central do Brasil, em comparação com safras anteriores. A avaliação é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com base no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA). Menores volumes pluviais foram observados no oeste da Bahia, no norte e noroeste de Minas Gerais e em Goiás, além do sudeste de Mato Grosso, do leste de Mato Grosso do Sul e do noroeste de São Paulo.
Nas primeiras semanas de maio, segundo a Conab, a seca se intensificou nas lavouras de milho e a umidade do solo, que já se encontrava baixa em algumas regiões, ficou ainda mais restrita. O milho que foi semeado fora da janela ideal e se encontra, no momento, em fase de floração e enchimento de grãos.
No entanto, apesar das restrições hídricas em maio, a semeadura antecipada do milho segunda safra permitiu que as lavouras se desenvolvessem de forma similar ou melhor que as últimas safras na maioria das regiões monitoradas. Atualmente o índice está em queda ou desaceleração, por causa da maturação de parte das lavouras. “De forma geral, segundo o Boletim, persiste a expectativa de boa produtividade”, destaca a Conab, em relatório.
Em Mato Grosso do Sul houve ocorrência de geadas em pontos baixos de municípios localizados em todas as regiões produtoras do Estado, mas ainda há necessidade de avaliação da extensão e intensidade dos danos. Já em São Paulo, a redução nas precipitações preocupa os produtores principalmente para o milho que está em fase de enchimento de grãos. A falta de chuva é mais crítica no norte e noroeste do Estado, onde se espera perda do potencial produtivo.