A arroba do boi gordo deve continuar firme pelo restante do ano, com piso de R$ 330 e teto de R$ 340, na avaliação do superintendente técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Luiz Antonio Josahkian. “Houve uma valorização muito grande no ano passado, e que está beneficiando o setor até hoje. Mas não há mais espaço para ter a mesma taxa de crescimento como a que ocorreu em 2021”, disse ele, durante a 87ª Expozebu, em Uberaba (MG).
Ele ponderou que a manutenção desse patamar para a arroba está e deve continuar beneficiando toda a cadeia da bovinocultura. “Vale lembrar que, apesar de a nossa produção ser, em grande parte, destinada ao mercado interno, os preços são caracterizados também pelas exportações. Mas não tem espaço para um arroba em R$ 400 ou R$ 500”, ressalta.
Além disso, há uma perspectiva de que uma safrinha de milho maior provocará uma leve melhora nos custos com ração, o que tende a favorecer o confinamento e a terminação da engorda de bovinos no cocho. “(Uma safrinha maior) Deve beneficiar o setor. A segunda safra acaba sendo um fator decisivo. Esperamos que o confinamento cresça em relação a 2021”, afirmou.
Josahkian comentou também que a oferta de bois deve atender ao mercado, mas nada além disso. “Não há nada indicando que vai ter crescimento no número de animais disponíveis para abate, mas com certeza também não haverá queda na oferta. Exceto se houver problemas imprevistos”, diz.