Impulsionada pelo agronegócio, sobretudo pela soja, a balança comercial de Mato Grosso do Sul foi superavitária no primeiro trimestre deste ano, informou, em nota, a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro). O total das exportações entre janeiro e março equivale a US$ 1,79 bilhão. Já as importações alcançaram US$ 724 milhões. Em comparação com o primeiro trimestre de 2021, o superávit atual é 68,72% maior.
E se comparado ao primeiro trimestre dos últimos oito anos, este é o melhor resultado da série, tanto das exportações quanto do superávit. “O Estado vem apresentando números cada vez maiores no comércio exterior”, diz a nota. “Saiu de uma situação de déficit de US$ 83,86 milhões em 2015, quando as exportações somaram US$ 985,5 milhões e as importações ficaram acima: US$ 1,07 bilhão”, continua. “Desde então, as exportações sul-mato-grossenses fecham o primeiro bimestre do ano acima de US$ 1 bilhão e as importações somam em média metade desse valor.”
Com relação aos principais produtos exportados, a soja em grão aparece como primeiro na pauta, representando 37,91% do valor total vendido ao exterior, avanço de 108,15% em relação ao valor apurado em igual período no ano passado. Já em relação ao volume, houve aumento de 64% na quantidade de soja embarcada. O segundo produto da pauta de exportações de Mato Grosso do Sul no trimestre é a celulose, com 19,14% de participação.
Outros produtos com variação positiva expressiva no montante apurado com as exportações foram a carne bovina (54,89%), óleos e gorduras vegetais e animais (110,81%), carne de aves (33,33%), ferro-gusa e ferroligas (169,22%) e produtos derivados do milho, mandioca e trigo (340,73%). Já o milho em grão (-30,89%), açúcar (-45,01%), calçados e artefatos de couro (-27,96%) e minério de ferro (-75,19%) tiveram redução no valor exportado.
Em relação aos destinos dos produtos sul-mato-grossenses, a China lidera, com 47,57% das aquisições. Países que passaram a comprar mais do Estado foram a Índia (+818,78%) e Vietnã (+400,51%). A maior queda nas vendas foi registrada para Itália, com baixa de 16,83%. No geral, os dez maiores parceiros comerciais do Estado ficaram com 76,63% de todas as vendas ao exterior, ante 62,31% em igual período de 2021.