A deputada Tereza Cristina (Progressistas-MS), ex-ministra da Agricultura, afirmou ontem (31) que o governo vai elaborar um novo Plano Safra (2022/23, ciclo que começa em 1º de julho), em um período que ela define como “difícil”. A declaração foi feita durante a cerimônia de transmissão de cargo para o ministro da Agricultura, Marcos Montes, até então secretário executivo da pasta. Desde fevereiro, o governo procura fontes de recursos para reabrir linhas de crédito com taxas equalizadas que tiveram de ser suspensas do atual Plano Safra 2021/22, que termina em junho próximo. “Temos agora Plano Safra num ano difícil, precisamos fazer rapidamente”, disse.
A ex-ministra também agradeceu a confiança do presidente Jair Bolsonaro (PL) por sua indicação ao Ministério da Agricultura. Segundo ela, Bolsonaro deu a ela total liberdade para montar sua equipe.
Fertilizantes – O ministro da Agricultura, Marcos Montes, reafirmou na cerimônia o discurso de que fertilizantes são como alimentos e não devem sofrer sanções. Ele lembrou que sua antecessora, a agora deputada Tereza Cristina (Progressistas-MS), fez o mesmo pedido no passado em reuniões com ministros de outros países. “O fertilizante é a comida do mundo”, disse ele durante discurso em cerimônia de posse no cargo. “Se temos paz, é porque temos alimentos.”
De acordo com Montes, Tereza Cristina cobrou recentemente essa questão em reunião com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). “E tenho certeza que isso vai acontecer, porque, como disse o presidente Bolsonaro, a segurança alimentar pode criar um alvoroço no mundo”, afirmou. “E o Brasil tem essa responsabilidade, mas o mundo também deve ter responsabilidade com o Brasil.”
Durante suas considerações, Montes afirmou que o governo do presidente Jair Bolsonaro olha para o pequeno produtor. Como exemplos, citou que o Incra já regularizou 340 mil títulos de propriedade – e disse que a meta é alcançar os 450 mil.
Ele também lembrou ocasião em que o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues disse que gostaria de ver Tereza Cristina presidente da República. Montes completou: “Isso é o que todos nós que vivemos e trabalhamos com ela pensamos.”