Os preços do petróleo são negociados com pequenas variações nesta quarta-feira (16), com o Brent voltando a ser negociado acima de US$ 100, à medida que diminuíam as preocupações sobre a desaceleração da demanda na China e com sinais de progresso nas negociações entre Rússia e Ucrânia

Perto das 9h40, o petróleo Brent subia 0,38%, a US$ 100,29 o barril, enquanto o barril WTI tinha avanço de 1,02%, cotado a US$ 97,42. Mais cedo, os preços subiram mais de 2%.

Na véspera, o petróleo Brent despencou US$ 6,99, ou 6,5%, fechando a US$ 99,91 o barril, enquanto o petróleo nos EUA (WTI) caiu US$ 6,57, ou 6,4%, a US$ 96,44 o barril. Ambos os contratos fecharam abaixo de US$ 100 dólares pela primeira vez desde o final de fevereiro.

O petróleo reduziu mais ganhos depois que a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) cortou sua previsão de demanda de petróleo para 2022, destaca a Reuters. A Opep e seus aliados na Opep+, grupo que inclui a Rússia, recusam-se, por enquanto, a aumentar a produção para aliviar o mercado. Assim, mantêm um aumento gradual de 400.000 barris diários por mês.

Com a guerra na Ucrânia, os preços atingindo uma alta de 14 anos em 7 de março, com o Brent chegando a atingir US$ 139,13. Mas desde então caiu quase US$ 40 o barril.

A IEA avaliou que 3 milhões de barris por dia (bpd) de petróleo e derivados russos podem não chegar ao mercado a partir de abril em razão das sanções contra a Rússia. O país é o maior exportador mundial de petróleo e de produtos refinados para o restante do mundo.

O petróleo também ficou sob pressão nesta semana devido a preocupações com a desaceleração da demanda na China, após o país adotar medidas rigorosas para conter o aumento dos casos de Covid-19. Ainda assim, os novos casos transmitidos internamente na China caíram quase pela metade no dia 15 de março, em comparação com o dia anterior.

No foco dos investidores nesta quarta-feira está também a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). A expectativa é que o Fed eleve as taxas de juros pela primeira vez em 3 anos, em 0,25 ponto percentual.

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Bolsas em alta

As Bolsas europeias operam em alta nesta quarta-feira, perto de máximas de duas semanas.

Perto da 9h40, a Bolsa de Frankfurt subia 2,85%, a de Paris avançava 3,29% e a de Madri tinha alta de 1,98%. Já a Bolsa de Londres ganhava 1,33%.

Na Ásia, a Bolsa de Hong Kong saltou 9,08% enquanto o Shanghai Composite Index fechou com avanço de 3,48%, depois que a China prometeu adotar mais medidas de estímulo para impulsionar a economia.

O vice-primeiro-ministro da China, Liu He, disse que o país dará suporte à economia chinesa e será cauteloso com medidas para os mercados de capital.

Já a Bolsa de Tóquio encerrou a sessão em alta de 1,64%.
(G1)