Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul pediu ao Ministério da Agricultura a extensão da janela de plantio de soja no Estado até o fim de fevereiro. Em nota, o governo gaúcho diz que o pedido de flexibilização do calendário de plantio deve-se ao fato de alguns produtores não terem conseguido implantar a lavoura no período adequado e à necessidade de replantio do grão em algumas áreas em virtude da estiagem severa que atinge as lavouras gaúchas.

Inicialmente, a janela de semeadura no Estado vai até o dia 31 deste mês. A nova data reivindicada pelo governo gaúcho para finalização da implantação das oleaginosa é 28 de fevereiro. O período para plantio da soja neste ano foi definido em portaria publicada pelo governo federal em 10 de setembro do ano passado a fim de atender ao Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS).

No ofício, a secretária de Agricultura do Rio Grande do Sul, Silvana Covatti, afirma que a prorrogação do prazo é imprescindível já que a soja é o principal produto exportado no Rio Grande do Sul e de “grande relevância socioeconômica” ao Estado. “Em visita ao Estado na semana passada, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, pôde ver de perto a situação das nossas lavouras e a necessidade de medidas que mitiguem os efeitos da estiagem”, disse Covatti.

Segundo o diretor de Defesa Vegetal da Secretaria da Agricultura, Ricardo Felicetti, em virtude da estiagem e das perdas reportadas em diversas lavouras de soja, deverá ser necessário replantio de algumas áreas após a data-limite de semeadura, de 31 de janeiro. Após esta data, as perspectivas climáticas indicam possibilidade de operação, segundo ele. “Há também situações de produtores que não conseguiram semear suas lavouras pela falta de chuva, os quais viriam a realizar o cultivo em situações de adequabilidade hídrica, que possivelmente ocorrerá no Estado somente a partir de fevereiro”, afirmou Felicetti, acrescentando que, nessas condições, a semeadura ocorrerá fora das condições ideais de cultivo.

(AE)