Ministério da Agricultura da Argentina informou que a safra de trigo 2021/22, que está em desenvolvimento, deve ser recorde e ultrapassar os 22 milhões de toneladas, conforme estimativas. Os dados mostram que a produção é três vezes maior do que o consumo no mercado interno. Neste sentido, as exportações são estimadas em 12,5 milhões de toneladas, alta de 1,2 milhão de toneladas ante o total exportado na safra anterior.
Com os números finais da safra, em meados de janeiro, pode-se confirmar uma exportação recorde. Durante a segunda quinzena de janeiro, todos os integrantes da cadeia do trigo serão convocados para determinar os volumes de equilíbrio – ou seja, quanto será exportado e quanto ficará no mercado interno para abastecimento. “Com o aumento da área plantada, investimentos em tecnologia e boas práticas agrícolas, somados a condições climáticas favoráveis, os produtores conseguiram possibilitar uma colheita histórica”, disse o ministro da pasta, Julián Domínguez.
Na quinta-feira (16), em relatório semanal, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que a colheita de trigo estava 65% concluída, avanço de 11,6 pontos porcentuais na semana. Na comparação anual, há atraso de 1,4 ponto porcentual. O rendimento médio nacional nas áreas já colhidas está em 3.140 quilos por hectare, ante 2.950 quilos na semana anterior. A estimativa de produção foi mantida em 21 milhões de toneladas, mas pode ser elevada caso os rendimentos se mantenham altos em Buenos Aires, disse a bolsa. A parcela da safra de trigo em condição boa ou excelente aumentou de 67% para 81% na semana, ante 35% há um ano. A parcela em condição normal passou de 30% para 18%.
(AE)