A suspensão das exportações de carne bovina para a China não deverá resultar em menores preços para o consumidor no mercado doméstico, disse a analista da Agrifatto Lygia Pimentel em publicação nas redes sociais na segunda-feira (25).
“Agora, o (preço do) boi caiu, o atacado está se recompondo e o varejo muito provavelmente também vai nesta linha de recompor suas margens, então não vai derrubar (o preço)”, disse a analista no Instagram da Agrifatto.
“O varejo vai se recompor, vai recompor suas margens, não vai baixar (o preço da) carne ao consumidor, talvez haja algumas promoções pontuais.”
O Brasil não pode enviar carne bovina para a China, o principal importador do produto, desde o último dia 4 de setembro, quando o governo brasileiro suspendeu as vendas ao país asiático, seguindo o protocolo comercial entre os dois países, após a confirmação de dois casos atípicos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB).
Os resultados das exportações brasileiras em setembro ainda não refletiram a redução das vendas à China, mas os números parciais das exportações totais de carne bovina do Brasil na parcial de outubro sinalizam para um dos menores volumes mensais já embarcados pelo país.
“A gente está com um resultado que dificilmente vai bater 90 mil toneladas neste mês de outubro. Isso quer dizer o pior resultado desde maio de 2018”, disse o analista da Agrifatto Yago Travagini, também em publicação no Instagram da consultoria.
Na última semana, o Brasil exportou cerca de 17 mil toneladas de carne bovina.
(CarneTec)