As exportações de carne bovina de Mato Grosso, estado com o maior rebanho do Brasil, em setembro não foram afetadas pela suspensão das compras chinesas após os dois casos atípicos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) registrados no país, informou o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) na quarta-feira (13).
Um dos casos foi confirmado em Mato Grosso e o outro em Minas Gerais.
As exportações de carne bovina de MT em setembro foram recorde, a 55,49 mil toneladas, alta de 10,59% ante agosto. O faturamento com as exportações somou US$ 246,51 milhões, 15,72% acima de agosto.
“Apesar da suspensão para alguns países – incluindo a China – devido às questões sanitárias voltadas para o caso da ‘vaca louca’ confirmado no estado, esse resultado esteve atrelado às negociações já firmadas antes da paralisação do mercado chinês”, disse o Imea em nota.
O volume de exportações de carne bovina mato-grossense para a China, incluindo Hong Kong e Macau, em setembro foi 23,07% maior que o vendido em agosto e representou 64,05% do total exportado no mês passado.
Já os abates em Mato Grosso em setembro tiveram queda de 26,04% ante agosto, a 321,59 mil cabeças.
A quantidade de animais enviados para outros estados também recuou 58,53%.
“Como sazonalmente ocorre, setembro é marcado pelo período de entressafra e a oferta de animais reduz drasticamente até o surgimento dos lotes de confinamento. No entanto, com a confirmação do caso atípico da ‘vaca louca’, a oferta foi ainda mais restrita este ano, uma vez que a pressão na arroba levou o produtor a segurar seu gado dentro da porteira”, disse o Imea.
(CarneTec)
