A quebra da safra brasileira de milho, somada à retirada da alíquota de PIS/Cofins para importação do cereal, impulsionou a importação de milho pelo Brasil, avalia o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Em boletim semanal, o Imea destaca que, no acumulado de janeiro a agosto deste ano, o País importou 1,22 milhão de toneladas do cereal do mercado externo ante 580 mil toneladas adquiridas do exterior em igual período do ano passado. “(Foi o) segundo maior volume da série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) para o período (primeiro e segundo quadrimestres do ano)”, destacou o Imea.
Na avaliação do Imea, o volume importado pelo País no último quadrimestre do ano (setembro a dezembro) tende a ser ainda maior, de acordo com as médias históricas. “O País caminha para níveis recordes de importações, podendo atingir 2 milhões de toneladas”, prevê o instituto.
Neste ano, o Paraguai foi o principal fornecedor de milho do Brasil, representando 71,92% das importações brasileiras até agosto – cerca de 882 mil toneladas, de acordo com dados compilados pelo Imea. O instituto atribui a participação majoritária paraguaia ao menor custo logístico diante da proximidade.
O Imea também ressaltou que Mato Grosso, maior produtor nacional do cereal, registrou a entrada de 8 toneladas de milho no acumulado até agosto. “Valor considerado pequeno quando comparado à produção estadual. No entanto, o número chama a atenção por ser a primeira compra do estado após quatro anos sem aquisições de milho originados de outros países, sendo pautado, pelo preço no exterior estar 2,77% abaixo do registrado em MT no período”, observou o Imea.
(AE)