(Reuters) – O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou a alta a 0,59 por cento na segunda prévia de março, após variação positiva de 0,03 por cento no mesmo período do mês anterior, diante de forte alta em alimentos in natura no atacado, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60 por cento do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, acelerou a alta a 0,83 por cento no período, sobre recuo de 0,13 por cento na segunda leitura de fevereiro.

No IPA, segundo a FGV, os Bens Finais avançaram em média 0,41 por cento na segunda leitura de março, depois de caírem 0,74 em fevereiro, movimento impactado pela alta nos preços de alimentos in natura, que saltaram 8,47 por cento, sobre deflação de 3,62 por cento.

Já a pressão ao consumidor diminuiu depois que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30 por cento no índice geral, passou a subir 0,12 por cento na segunda prévia de março, contra avanço de 0,35 por cento no mesmo período de fevereiro.

Seis das oito despesas que compõe o índice registraram decréscimo na segunda prévia de março, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação que recuou 0,42 por cento, ante alta de 1,21 por cento em fevereiro. O grupo Alimentação também registrou queda de 0,16 por cento, ante alta de 0,13 por cento, influenciado pela aceleração da queda nos preços de carnes bovinas.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, avançou 0,20 por cento, de 0,26 por cento na segunda prévia de janeiro.

O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.

A segunda prévia do IGP-M calculou as variações de preços no período entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência.