As exportações argentinas de milho devem somar 38 milhões de toneladas na temporada 2021/22, um recorde, de acordo com projeção da Bolsa de Cereais de Buenos Aires. O volume representa aumento de 5,6% ante a estimativa para 2020/21, de 36 milhões de toneladas. Em relatório, a bolsa disse que as exportações recordes devem refletir a maior oferta. Na semana passada, a bolsa disse que a produção em 2021/22 também deve ser recorde, de 55 milhões de toneladas. A área semeada deve aumentar 7,6%, para 7,1 milhões de hectares.
No caso da soja, não são esperadas mudanças significativas em relação ao ciclo 2020/21. Segundo a bolsa, o esmagamento deve diminuir 1,2%, passando de 41,5 milhões para 41 milhões de toneladas. As exportações em 2021/22 devem aumentar 15%, mas com uma fraca base de comparação, para 5,75 milhões de toneladas. Já a produção deve crescer 2%, para 44 milhões de toneladas. “A redução da competitividade da soja ante outras culturas, principalmente o milho, resultaria em diminuição da área semeada, o que não permitiria uma recuperação da produção”, disse a bolsa. A área semeada deve diminuir 2,4%, para 16,5 milhões de hectares – a menor superfície dos últimos 15 anos.
Quanto ao trigo, a expectativa é de exportações de 12,3 milhões de toneladas, aumento de 20,6% em relação à temporada 2020/21. A moagem deve crescer 5%, para 6,2 milhões de toneladas. Já a produção deve ser de 19,2 milhões de toneladas, crescimento de 12,9% ante os 17 milhões de toneladas do ciclo 2020/21, disse a bolsa. A área plantada deve aumentar 1,5%, para 6,6 milhões de hectares.
(AE)