Rasteira do mercado financeiro e pressão dos fundamentos
Commodities desabam em Chicago com aversão ao risco, colheita nos EUA e plantio no Brasil
Milho 🌽
Recuando para R$ 93,00/sc em Campinas/SP, o mercado do milho começou a semana influenciado por ligeira melhora na movimentação do mercado no interior do país. Acompanhando a aversão ao risco do mercado financeiro o cereal encerrou em queda o pregão na B3, com o vencimento novembro/21 recuando 0,51% e valendo R$ 92,77/sc ao final do pregão.
Até o final da 3ª semana do mês corrente as exportações do cereal acumularam 1,697 milhões de toneladas com 437,8 mil toneladas embarcadas na última semana. O ritmo diário de carregamento recuou para 141,5 mil toneladas frente às 180 mil toneladas embarcadas diariamente nos primeiros dias úteis do mês. Com o preço unitário de US$193,8/ton, a receita obtida com as exportações em setembro/21 é de US$329 milhões. Para comparação, em setembro/20 o Brasil exportou 6,371 milhões de toneladas que geraram faturamento de US$1,039 bilhões.
Boi Gordo 🐂
A semana se iniciou em toada lenta no mercado físico do boi gordo, seja pela retração do consumo interno devido a sazonalidade do final do mês, seja pela indefinição quanto as exportações de carne bovina à China. Com isso, o cenário atual é de preços no balcão menores que o período pré EEB não transmissível, com referências na casa da R$ 300,00 em São Paulo. Na B3, o contrato futuro de boi gordo com vencimento para outubro/21 fechou cotado a R$ 307,85/@, valorizando 0,59% no comparativo diário.
Durante a terceira semana de setembro/21 o Brasil enviou para fora do país 43,63 mil toneladas de carne bovina in natura, apesar de ser um bom resultado, o desempenho foi aquém das primeiras semanas do mês e resultou em uma queda de 12,37% na média diária embarcada. O resultado prévio aponta uma média diária de 10,88 mil toneladas, ainda 60,46% maior que em setembro/20.
Soja 📊
Em um momento de aversão ao risco os contratos futuros da soja recuaram na CBOT, mas a alta do dólar frente ao real conteve o movimento e ajudou a sustentar o preço no Brasil. Em Paranaguá/PR, a oleaginosa foi negociada na casa dos R$ 174,00/sc.
Com uma média diária de 270 mil toneladas carregadas diariamente, o mês corrente soma 3,24 milhões de toneladas exportadas, volume que corresponde a 76% das 4,26 milhões de toneladas exportadas em setembro/20. A receita obtida com a exportação da oleaginosa no mês atual é de US$1,653 bilhões, cerca de 6% superior ao faturamento total do mesmo mês em 2020 devido ao preço atual da tonelada em US$ 510/ton contra US$365/ton em setembro/20.
Agrifatto