O custo de produção da soja transgênica da safra 2021/22 em Mato Grosso subiu em agosto, segundo relatório mensal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). O custo operacional efetivo (COE) avançou 1,08% entre julho e agosto, para R$ 4.021,36 por hectare. O cálculo considera despesas com insumos agrícolas, manutenção, operações mecanizadas, impostos e taxas, gastos financeiros, pós-produção, arrendamento, mão de obra, assistência técnica, entre outros.

Em relação à temporada 2020/21, o aumento do COE é de 20%. A alta mensal foi motivada principalmente pelo encarecimento de despesas financeiras (3,25%), sementes (2,66%)e operações mecanizadas (1,64%). O custo total de produção da soja geneticamente modificada (OGM) avançou 0,99% em agosto ante julho e ficou estimado em R$ 5.131,94 por hectare.

Já o custo operacional efetivo de produção da soja convencional aumentou 1,05% de julho para agosto, para R$ 4.221,19 por hectare, conforme o Instituto. O custo total de produção do grão convencional subiu 0,97% para R$ 5.302,22 por hectare na mesma comparação mensal.

Mato Grosso processou 800,63 mil toneladas de soja em agosto, queda de 18,38% em relação a julho deste ano, segundo boletim semanal do Imea. Segundo o instituto a necessidade de as indústrias esmagadoras da oleaginosa realizarem manutenções pontuais e a elevação de 6,3% nas cotações do grão disponível no mês explicam o recuo. Com isso, a margem bruta do esmagamento caiu 43,26% e ficou estimada em R$ 172,16 por tonelada em agosto.

Milho – O custo de produção de milho da safra 2021/22 em Mato Grosso subiu em agosto, para variedades de alta tecnologia, informou o Imea, em relatório mensal. O custo operacional efetivo (COE) aumentou 1,54% em relação a julho e ficou em R$ 3.115,60 por hectare. Na comparação com a temporada anterior, há incremento de 21% no custo operacional efetivo.

O aumento mensal do indicador foi impulsionado principalmente pelas altas de insumos como fertilizantes e corretivos (3,18%), sementes (2,01%) e de despesas financeiras (1,75%). O COE inclui despesas com aquisição de insumos agrícolas (sementes, fertilizantes, defensivos), operações mecanizadas, mão de obra, impostos e taxas, combustíveis, custo de pós-produção (beneficiamento, classificação, armazenagem, transporte) e despesas financeiras (financiamentos, seguros).

O custo total de produção do milho de alta tecnologia no Estado foi estimado em R$ 4,123,66 por hectare em agosto, avanço de 1,16% no mês, e ante R$ 3.378,06 por hectare observados na temporada 2020/21.

(AE)