O consumo de carne bovina no Brasil deve continuar crescendo até o fim do ano, apesar dos desafios relacionados aos impactos da covid-19 na economia e os altos preços da proteína, segundo o Rabobank.
“A aceleração nas vacinações e o retorno do pacote emergencial até outubro colaboram para o consumo doméstico de carne bovina, que deve continuar mostrando crescimento contínuo (mas limitado) até o final do ano”, disse o Rabobank em relatório divulgado na terça-feira (24).
“Além disso, os preços de frango aumentaram desde meados de maio devido aos custos mais altos de ração – principalmente de milho –, melhorando a competitividade da carne bovina.”
A competitividade da carne de frango registrou a segunda queda mensal seguida em agosto, impactada por valorização consistente dos preços no mercado doméstico para recordes nominais, segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
“Considerando-se as médias da parcial de agosto (até o dia 18), o preço do frango inteiro registra a menor diferença em relação ao da carcaça bovina em oito meses”, disse o Cepea em nota na semana passada.
O Rabobank estima que, nos próximos meses, a oferta de bovinos no mercado doméstico deverá ser sustentada por bois de confinamento, mas a alta sazonal na demanda interna deverá manter os preços altos.
A redução na oferta de animais para abate no ciclo pecuário, seca e geadas elevaram preços da arroba a níveis recordes no primeiro trimestre. Os preços dão sinais de estabilização desde abril, tendo subido 0,4% em julho na comparação com junho. Entretanto, o valor do boi continuou 52% acima do registrado em julho do ano passado.
Já os preços da carne bovina no atacado caíram 2% em julho, na comparação com junho, mas continuaram 42% acima do registrado em julho de 2020, segundo o Rabobank.
(CarneTec)