O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) reduziu a previsão de demanda por milho mato-grossense em 2020/21 de 34,98 milhões de toneladas para 32 milhões de toneladas. O principal ajuste foi na expectativa de exportação, que caiu de 20,96 milhões para 17,18 milhões de toneladas. A previsão de consumo dentro do Estado também foi ajustada para baixo, de 11,57 milhões para 11,07 milhões de toneladas, enquanto a perspectiva de consumo interestadual subiu de 2,45 milhões para 3,75 milhões de toneladas.

Segundo o Imea, com o menor volume esperado na produção do Estado, aliado ao maior consumo mato-grossense na comparação com a temporada anterior e aos preços internos mais altos do que para exportação, a expectativa é de que os embarques do cereal apresentem “retração significativa” na atual temporada. O consumo dentro do Estado, embora menor do que no relatório de abril, fica 13,05% acima do ciclo passado.

“Com as projeções de esmagamento firme por parte das usinas de biocombustíveis, a produção do etanol deve continuar ditando o ritmo do consumo de milho em Mato Grosso, dado que o setor de proteína animal segue sendo afetado pelo aumento nos preços dos insumos (dentre eles o milho)”, disse o Imea. Quanto à revisão para cima do consumo interestadual, o instituto atribuiu à redução na produção de outros Estados e aos preços mais altos do mercado interno em relação aos praticados para venda externa.

Com relação à oferta, a perspectiva diminuiu de 34,99 milhões para 32,02 milhões de toneladas, puxada principalmente pelo recuo na produção de 8,49% ante ao relatório de abril, para 32,01 milhões de toneladas. “O alto porcentual de áreas semeadas fora da janela ideal do milho, em conjunto com o fator climático adverso no Estado, foram os principais motivos na redução na estimativa de produção do cereal em Mato Grosso nesta safra.”

(AE)