A oferta de vaca magra para engorda e abate até que não está ruim, por conta do descarte e falta de pasto. Mas essas fêmeas que vêm de fora representam pouco para o confinamento do Grupo Franco.
Em torno de 75% dos 5 mil animais, por giro, vem das suas fazendas de recria no Mato Grosso e Pará.
A briga da empresa – que confina 20% de vacas, 60% de novilhas e 20% de boi -, está na reposição, até que consiga completar o ciclo completo.
O enxugamento do mercado de matrizes, com a valorização do bezerro, que está batendo numa boiada bem mais curta – fator de alta do boi gordo mesmo durante a safra de verão -, está fazendo “brigar todo dia por preços”.
Glauco Franco, proprietário, embarcou 200 vacas gordas da sua base de engorda em Votuporanga (SP) – Confinamento Parafuso – a R$ 305 a @.
Hoje, uma bezerra no Mato Grosso, meio sangue, está em R$ 2,1 a R$ 2,2 mil.
Para engordar ficou muito caro. Do milho, da polpa cítrica, do caroço de algodão, do farelo de soja e do melaço da soja, o produtor conseguiu travar bem três. Apertou, mas menos.
Ao mesmo tempo, houve uma diminuição das vendas. “Cliente que comprava de 200 a 300 vacas por semana, está comprando 80 agora”, afirma Franco.
Só não está pior porque muitos frigoríficos pequenos e médios não conseguem girar o negócio pagando R$ 320 a R$ 322 que é a média do boi gordo em São Paulo. Então levam um pouco de vaca e “embolam”.
Para o próximos anos, a dependência do Grupo Franco de compra de vaca jovem para recriar e, depois, engordar, vai diminuir.
Em 2020, Glauco Franco mudou a configuração de suas propriedades no Centro-Oeste e Norte. Uma em cada região passou também para a cria.
Ele vem retendo um pouco de fêmea, mais vai gerar mais bezerro.
(Money Times)