Os frigoríficos de carne bovina em Mato Grosso, estado com o maior rebanho do país, elevaram a taxa de utilização em 2,65 pontos percentuais em maio, comparada à de abril, para uma média de 47,44%, disse o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) em relatório.
Em maio, os abates de bovinos em MT subiram 10,67% ante abril.
“Vale ressaltar que este cenário pontual de melhora na oferta foi puxado pelas negociações mais volumosas de animais entre produtor e indústria, devido ao final do período das águas”, disse o Imea no relatório publicado na segunda-feira (28).
A utilização real no acumulado do ano até maio foi de 72,19%, a menor da série histórica iniciada em 2010 e resultado que o Imea diz que “não é satisfatório” para os frigoríficos.
“É esperado que no curto prazo este cenário se inverta devido à entressafra e isto impacte na ociosidade industrial”, disse o instituto.
O preço médio da arroba do boi gordo no mercado futuro está abaixo do que era observado no mercado físico anteriormente e as movimentações dentro da porteira indicam uma inversão de cenário no curto prazo, segundo o Imea.
O preço médio da arroba do boi gordo cotado na sexta-feira (25) ficou em R$ 300,67 para dezembro, 2,05% abaixo do observado em 21 de junho.
As preocupações relacionadas ao recuo da demanda chinesa e a queda do dólar foram os principais fatores que contribuíram para a redução nas cotações, mas a oferta restrita de animais tende a limitar as quedas nos preços.
A analista do Rabobank China, Pan Chenjun, disse em meados de junho que a China tende a desacelerar as importações totais de carne suína nos próximos meses diante da baixa dos preços domésticos do produto. Segundo ela, o país deverá continuar importando grandes volumes de carne bovina, mas o recente aumento nos preços internacionais poderia impactar o mercado.
(CarneTec)