O órgão estatal de planejamento da China afirmou nesta segunda-feira que os governos central e locais iniciarão compras de carne suína para as reservas estatais, visando dar suporte aos preços, mesmo depois de as cotações se recuperarem de uma mínima de dois anos atingida na semana passada.
O movimento ocorre após os preços do suíno vivo no país –maior produtor global da proteína– terem despencado 65% entre janeiro e o início de junho, à medida que surtos de doenças geraram vendas por pânico e uma série de animais grandes foram enviados para o abate.
A queda nos preços corroeu os lucros dos produtores e gerou preocupações de que muitos deles interrompessem os trabalhos, gerando escassez mais adiante.
Os preços médios semanais entraram em um “declínio excessivo” na semana passada, disse a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, na sigla em inglês) em comunicado publicado em sua conta oficial no WeChat.
Além disso, a relação entre os preços dos suínos e o valor dos grãos, um indicador dos lucros dos produtores, atingiu média de 4,9:1 na última semana, rompendo o nível de 5:1 estabelecido pela NDRC para a emissão de um alerta nível 1, o mais alto.
Pequim não revela o volume de carne suína que mantém em suas reservas, e a NDRC não fornece detalhes sobre as quantidades a serem adquiridas.
(Reuters)