O consumo de ovos, carne de frango e suína pelos brasileiros aumentou na pandemia, aponta pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Em média, 22% dos entrevistados afirmaram ter aumentado a compra desses alimentos, sendo que o ovo foi o principal destaque, com 37% elevando o consumo. No total, a ABPA informa que 2,5 pessoas foram ouvidas, entre novembro de 2020 e fevereiro deste ano.
O aumento do preço da carne bovina durante os últimos 12 meses foi apontado como uma das principais razões. A alta acumulada nos preços da proteína alcança 35,68% no período, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) divulgado em maio. O maior número de refeições feitas nos lares, devido ao trabalho em sistema de home office, além das aulas remotas, também estiveram entre as justificativas mais frequentes.
A pesquisa também mostra que o ovo está presente em 96% dos lares. Em seguida, aparece a carne de frango, com 94%. A carne bovina e o peixe aparecem com o menor porcentual, de 79% e 65%, respectivamente. Ao todo, as entrevistas foram feitas em 113 cidades brasileiras.
Outra mudança relacionada à pandemia é o aumento das compras online. As compras de carne de frango, de ovos e de suínos dobraram no período, de acordo com a pesquisa. Entretanto, ainda é uma parcela mínima dos entrevistados que costumam fazer as compras desta maneira. A pesquisa indica que esse porcentual fica em 5%.
As compras costumam ocorrer, predominantemente, em supermercados e hipermercados, seja para carne de frango, carne suína ou ovos. Em segundo lugar, o açougue é o principal ponto de compra para aves e suínos. Para os ovos, o mercado de bairro é a preferência.
Sobre frequência de compra, a pesquisa indicou que a aquisição de ovos ocorre semanalmente para 24% dos entrevistados, e quinzenalmente para 21%. No caso de frango, a compra é quinzenal para 22% e duas a três vezes por semana para 21%. No caso da carne suína, 24% preferem realizar a compra com frequência mensal.
(AE)