As exportações brasileiras de carne de frango subiram 3,7% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano passado, e as de carne suína tiveram queda de 0,3%, disse a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) na quarta-feira (09).
“Juntas, essas carnes trouxeram aproximadamente US$ 4 bilhões de receita cambial, o que ajuda a amenizar a crise de custos de produção que estamos enfrentando no Brasil: mais de 100% de aumento no custo do milho, mais de 60% no farelo de soja”, disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin, em vídeo divulgado pela entidade.
O Brasil exportou 414,3 mil toneladas de carne de frango em maio, gerando receita de US$ 656,3 milhões, 20,1% superior à gerada em maio do ano passado. Nos cinco primeiros meses do ano, os embarques de carne de frango somaram 1,846 milhão de toneladas, alta de 4,6%, com faturamento de US$ 2,826 bilhões (+4,8%).
“As nações importadoras seguem com boa demanda, e o produto brasileiro manteve-se competitivo no exterior, mesmo sendo abastecido por grãos caros”, disse Santin.
As exportações brasileiras de carne suína somaram 102 mil toneladas em maio (-0,3%), com receita de US$ 253,2 milhões (+11,1%). No ano, os embarques foram de 453,9 mil toneladas de carne suína, 18,44% acima do registrado em igual período de 2020. A receita acumulada das exportações de janeiro a maio alcançou US$ 1,079 bilhão, alta de 22,9%.
“Os mercados da Ásia continuam como principais indicadores de tendência para as vendas de carne suína do Brasil. Temos observado, contudo, uma significativa elevação da presença das nações importadoras da América do Sul entre os dez maiores importadores, o que é altamente positivo para o setor, especialmente do ponto de vista logístico”, disse o diretor de Mercados da ABPA, Luís Rua.
(CarneTec)