A produção industrial brasileira caiu 1,3% na passagem de março para abril. Foi a terceira queda seguida do setor, que acumula perda de 4,4% nesses três meses. O dado, da Pesquisa Industrial Mensal, foi divulgado hoje (2), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar do recuo de março para abril, a indústria registrou um crescimento de 34,7% na comparação com abril de 2020. Essa foi a maior alta neste tipo de comparação desde o início da série histórica, em 2002.
No acumulado do ano, houve alta de 10,5%. Já no acumulado de 12 meses o crescimento chega a 1,1%. É a primeira alta neste tipo de comparação depois de 22 meses em queda.
Na comparação de abril com março, a produção caiu em 18 das 26 atividades industriais pesquisadas pelo IBGE. Entre as principais quedas estão as registradas pelo ramo de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-9,5%) e de produtos alimentícios (-3,4%).
Entre as oito atividades em alta, destacam-se as indústrias extrativas (1,6%), máquinas e equipamentos (2,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (1,4%).
Entre as quatro grandes categorias econômicas, duas tiveram queda: bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (-0,8%) e os bens de consumo semi e não duráveis (-0,9%).
Outras duas categorias tiveram alta: bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usadas no setor produtivo (2,9%), e bens de consumo duráveis (1,6%).