Stefan Podsclan é engenheiro agrícola e consultor sênior pela Agrifatto
Yago Travagini é economista e consultor júnior pela Agrifatto
Mesmo com o fraco desempenho da última semana do mês, abril/21 encerrou-se com um total de 125,47 mil toneladas de carne bovina enviada para fora do país, e, apesar do recuo de 6,24% em comparação ao mês de março/21, este é o maior montante de proteína bovina exportada pelo Brasil em um mês de abril. A média diária ficou em 6,27 mil toneladas, 7,89% a mais do que no mesmo período do ano passado. Com este desempenho em abril/21, o total embarcado em 2021 já está no mesmo patamar de 2020.
Com o preço médio estabelecido em US$ 4,77 mil/t, 9,01% maior do que há um ano atrás, a receita andou de maneira ainda mais intensa no mesmo período. Foram US$ 597,98 milhões obtidos com a venda de carne bovina, 17,61% a mais do que no mesmo período do ano passado.
Na última semana do mês de abril não houve registro de exportações de milho, sendo assim o volume do cereal destinado ao exterior foi de 130 mil toneladas contra 6,7 mil toneladas no mesmo mês de 2020. O preço da tonelada exportada foi de US$243, valor inferior em 62% sobre abril/20 que teve valor de US$647/tonelada, esse valor 3 vezes superior está relacionado ao baixo volume embarcado com custo de frete mais elevado.
O faturamento com as exportações do cereal em abril/21 foi US$31,8 milhões e foi 7 vezes superior sobre os US$4,3 milhões obtidos em abril/20, essa diferença se dá pelo volume exportado.
O mês de abril/21 estabeleceu um recorde histórico de embarques de soja com 17,38 milhões de toneladas exportadas, volume 17% superior as 14,85 milhões de toneladas exportadas em abril/20. Foram 869,2 mil toneladas de soja carregadas diariamente contra 742,7 mil toneladas em abril/20.
A combinação dólar e CBOT também trouxe receita recorde US$7,2 bilhões, valor 43% maior que no mesmo mês de 2020, com isso o valor da tonelada de soja exportada foi de US$414 contra US$338 em abril/20.
Agrifatto