O Banco Central Europeu deixou sua política monetária inalterada como esperado nesta quinta-feira, mantendo o forte estímulo mesmo enfrentando questões sobre como pode reduzir o suporte quando a economia da zona do euro reabrir após a pandemia.
O BCE tem mantido os custos de empréstimos perto de mínimas recordes através de compras de títulos para fazer o bloco de 19 países superar a recessão, quando escolas, lojas, restaurantes e hotéis ficaram fechados durante a maior parte do ano passado.
Mas a expectativa é de que o crescimento se recupere rapidamente a partir de meados do ano conforme as infecções por Covid-19 sejam controladas, o ritmo de vacinação acelere e as restrições sejam removidas, levantando questões sobre quanta ajuda do BCE ainda é necessária.
Por enquanto o banco manteve sua promessa de aumentar o suporte se necessário.
“As informações confirmaram a avaliação conjunta das condições de financiamento e a perspectiva para a inflação feita na reunião de política monetária de março”, disse o BCE em comunicado.
A decisão desta quinta-feira abre espaço para uma batalha no encontro de 10 de junho, quando as autoridades terão que decidir se reduzem as compras de títulos, mesmo que isso signifique permitir que os custos de empréstimo aumentem.
Em março, as autoridades concordaram em intensificar as compras neste trimestre. Elas revisitarão essa decisão em junho, com algumas já pedindo redução no terceiro trimestre.
“O Conselho espera que as compras sob o PEPP no trimestre atual continuem a ser conduzidas a um ritmo significativamente mais alto do que durante os primeiros meses do ano”, disse o BCE, repetindo sua orientação de março.
No ritmo atual, o BCE deve exaurir sua cota de compras antes do fim programado de seu Programa de Compras Emergencias da Pandemia em março próximo. A decisão de junho portanto dará um sinal crucial sobre se o PEPP de 1,85 trilhão de euros pode ser reduzido no início do próximo ano. (Reuters)