A produção de milho em Mato Grosso deve recuar 1,33% na safra 2020/21 ante a temporada 2019/20, para 34,98 milhões de toneladas, estima o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em boletim semanal. “O atraso na semeadura do cereal, que apresentou 45,34% das áreas cultivadas fora da janela considerada ideal, pressionou as projeções da produção no Estado”, diz o Imea.
Do montante a ser colhido no ciclo 2020/21, o Imea prevê que 11,57 milhões de toneladas sejam direcionadas à indústria local, 16,33% a mais que o processado no ciclo anterior. A alta no consumo local, segundo o instituto, deve-se à demanda firme pelas usinas de etanol que poderá compensar a retração prevista no uso do cereal para o setor animal. Já o volume destinado à exportação deve cair 5,5% para 20,96 milhões de toneladas em 2020/21. Outras 2,45 milhões de toneladas tendem a ser comercializadas para indústrias de outros Estados.
Custo de produção – O custo de produção do milho de alta tecnologia da safra 2021/22 em Mato Grosso subiu em março, disse o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O custo operacional total aumentou 2,77% ante fevereiro, para R$ 3.151,90 por hectare. Só o custeio subiu 3,76%, pautado pelo aumento dos fertilizantes e corretivos (6,56%). O Imea também apontou aumento de 4,56% nas operações mecanizadas. Apesar do aumento, a relação de troca continua favorável ao produtor diante da alta contínua dos preços do cereal, aponta o Imea. (AE)