A inflação sentida pela população idosa desacelerou de 2,81% no quarto trimestre de 2020 para 1,54% no primeiro trimestre de 2021, informou há pouco a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade, acumulou uma elevação de 6,20% nos últimos 12 meses.
Com o resultado, a variação de preços percebida pela terceira idade ficou acima da taxa de 6,10% acumulada em 12 meses pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que apura a inflação média percebida pelas famílias com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos. No primeiro trimestre, o IPC-BR teve elevação mais acentuada que a do IPC-3i, 1,81%.
Na passagem do quarto trimestre de 2020 para o primeiro trimestre de 2021, quatro das oito classes de despesa registraram decréscimos. A principal contribuição partiu do grupo Habitação, cuja taxa passou de 3,40% para -0,37% no período. A tarifa de eletricidade residencial saiu de um avanço de 11,68% para -6,44%.
Os demais decréscimos ocorreram nas taxas dos grupos Alimentação (de 5,91% para 1,40%), Educação, Leitura e Recreação (de 5,40% para -2,43%) e Comunicação (de 0,42% para 0,02%). Houve influência dos itens: hortaliças e legumes (de 15,79% para -1,82%), passagem aérea (de 29,91% para -20,63%) e tarifa de telefone residencial (de 1,80% para 0,00%).
Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas em Transportes (de 2,23% para 7,16%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,39% para 1,24%), Despesas Diversas (de 0,45% para 0,88%) e Vestuário (de 0,54% para 0,63%), sob impacto de itens como gasolina (de 3,40% para 21,84%), médico, dentista e outros (de 0,09% para 2,05%), cigarros (de -0,93% para 1,85%) e calçados femininos (de -0,30% para 2,07%).
(AE)