Escoamento segue difícil
Com o feriado prolongado em São Paulo se aproximando, negociações de carcaça seguem travadas no atacado, sem uma definição de direção para os preços
Milho 🌽
Efeitos da pandemia e ‘feriados prolongados’ na próxima semana reduzem a demanda pelo cereal que estaciona e sinaliza leve recuo para R$ 92,00/sc em Campinas/SP. Na B3, o pregão registrou altas mais agressivas diante do risco de oferta e acompanhando o dólar com o contrato maio/21 ultrapassando os R$ 94,00/sc, com valorização diária de 1,96%.
Com o petróleo embarcando em uma alta de mais de 5,00% na quarta-feira, devido aos problemas de logística no Canal de Suez. O preço do milho em Chicago ignorou os dados de menor produção de etanol em solo norte-americano e registrou alta de 0,36% no vencimento para maio/21, ficando cotado a US$ 5,53/bu.
Boi gordo 🐂
Mercado varejista continua a sofrer com o fraco escoamento de carne bovina, o que deve se acentuar com a proximidade da Páscoa, período em que o consumo de carnes brancas, principalmente de peixe, aumenta consideravelmente. Na outra ponta, as indústrias encontram dificuldade na composição das escalas de abate, que fecharam o dia com 3,0 dias úteis na média nacional e 4,0 dias úteis no estado de São Paulo.
No mercado futuro, a quarta-feira manteve o ritmo e propiciou valorizações dos contratos de boi gordo. O março/21, encerrou o dia cotado a R$ 313,80/@, alta diária de 0,32% e alinhando-se com as vendas no mercado físico paulista, onde o animal já tem como referência os R$ 315,00/@. Já o maio/21, fechou em R$ 305,80/@, aumento de 1,34% ante a véspera.
Soja 📊
No mercado interno a soja retornou para os R$ 170,00/sc em Paranaguá/PR com o combo positivo de dólar em alta (voltando a romper os R$ 5,60), variação positiva dos prêmios pagos nos portos do sul do país e também pela alta das cotações nos mercados internacionais da oleaginosa.
Impulsionada pelo petróleo e óleo de soja, o preço da oleaginosa em Chicago continuou seu movimento de valorização. O contrato da soja na CBOT para maio/21 avançou 0,67% e encerrou o dia cotado a US$ 14,33/bu. A pressão sobre o óleo de soja continua elevada, não à toa, o derivado atingiu ontem o maior valor dos últimos oito anos, fechando o dia cotado a cents de US$ 57,48/lb.
Agrifatto