Gustavo Rezende Machado é trainee pela Agrifatto

O período de feriados e festividades do final de ano causaram queda sazonal do ritmo de negociações e, assim, as escalas de abates encolheram entre final de dezembro e início de janeiro.

Em São Paulo as programações em torno de 6,5 dias estão 30% mais estreitas na comparação semanal, mas o destaque fica para MG, GO e MT com queda de quase 40% para o mesmo período, e atualmente em torno de 5,5 dias úteis.

A indústria precisa recompor as escalas de abates e a oferta de animais terminados ainda ajustada em janeiro atuam como importantes sustentações aos preços neste início de mês.

A referência em São Paulo fica em torno de R$ 147,00/@ à vista e livre de Funrural, com ofertas de até R$ 3,00/@ acima da referência, dependendo da qualidade e da quantidade de animais negociados.

Porém, o aumento das despesas familiares em janeiro (impostos, despesas escolares e gastos do final de ano) podem causar queda do consumo de carne no varejo e tirar o fôlego de novas altas, especialmente na segunda metade do mês.

Além disso, a oferta de bovinos terminados deve começar a aumentar a partir de fevereiro e causar pressão negativa durante os próximos meses, caracterizando o período de safra tradicional. O mercado futuro precifica fevereiro em torno de R$1,50/@ abaixo do contrato de janeiro (atualmente em R$148,50/@).

Portanto, a primeira metade de janeiro ainda se mostra como um bom período para negociações.

Por fim, a carcaça casada bovina que subiu 6,35% até 27 de dezembro e exibe agora certa estabilidade em torno de R$ 10,15/kg. O frango resfriado e a carcaça especial suína também registram equilíbrio na comparação semanal, respectivamente com média em São Paulo de R$ 3,65/kg e R$ 6,25/kg.