O dólar opera em forte alta nesta terça-feira (9), acima de R$ 5,80, após fechar em R$ 5,7788 na véspera repercutindo a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, de anular todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Federal no Paraná relacionadas às investigações da Operação Lava Jato.
Às 9h02, a moeda norte-americana subia 1%, vendida a R$ 5,8368. Veja mais cotações. Na máxima, chegou a R$ 5,8443.
Na segunda-feira, o dólar avançou 1,7%, cotada a R$ 5,7788 – maior valor desde 15 de maio de 2020. No mês, a moeda acumula avanço de 3,11%. No ano, de 11,40%.
Com a decisão de Fachin, o ex-presidente Lula recupera os direitos políticos e volta a ser elegível para as eleições presidenciais de 2020. A decisão de Fachin será posteriormente avaliada pelo plenário do STF.
No fim de semana, a imprensa publicou levantamento do Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) segundo o qual Lula teria mais potencial de voto do que Bolsonaro.
O receio de investidores de que o governo enverede por um caminho mais populista aumentou nas últimas semanas, depois de uma série de episódios em que, para o mercado, o presidente Jair Bolsonaro agiu deixando de lado princípios de uma política econômica liberal.
Destaque para a decisão do presidente de trocar o comando da Petrobras e os alertas feitos por ele de atuação em outras estatais e setores da economia, como energia.
Os mercados esperam ainda pela PEC Emergencial, que será discutida nesta terça-feira na Câmara, com possibilidade de ter sua admissibilidade analisada, para então ter o mérito votado em dois turnos no plenário da Casa na quarta, afirmou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). (G1)