O dólar abriu em queda nesta quinta-feira (4), após o Senado ter votado em 1º turno a PEC que viabiliza a volta do Auxílio Emergencial e com as atenções voltadas também para os impactos de novas medidas restritivas para controlar o avanço da pandemia no país.
Às 9h04, a moeda norte-americana recuava 1,66%, cotada a R$ 5,5716. Veja mais cotações.
Na quarta-feira, o dólar encerrou a sessão com leve avanço de 0,05%, a R$ 5,6659. Na semana, a alta acumulada é de 1,09%. No ano, o avanço é de 9,23%.
Em meio à maior pressão sobre o câmbio nos últimos dias, o Banco Central já despejou em 5 pregões no mercado o equivalente a US$ 7,175 bilhões, segundo a Reuters. Somente na véspera, dois leilões de swap cambial tradicional resultaram numa injeção líquida de U$ 2 bilhões.
Na noite desta quarta-feira, o Senado aprovou com folga, em 1º turno, a proposta de emenda à Constituição conhecida como PEC Emergencial. A proposta prevê uma série de medidas que podem ser adotadas em caso de descumprimento do teto de gastos, regra que limita o aumento dos gastos da União à inflação do ano anterior. O texto também viabiliza a retomada do Auxílio Emergencial. Uma nova sessão foi marcada para a manhã desta quinta para a votação da proposta em segundo turno.
Na véspera, o IBGE mostrou que o Produto Interno Bruto (PIB) tombou 4,1% e 2020, tirando o Brasil do grupo das maiores 10 economias do mundo.
Os economistas já trabalham com a expectativa de retração no 1º trimestre e parte do mercado não descarta o risco de uma queda do PIB também no 2º trimestre, o que configuraria uma nova recessão técnica. A avaliação é que o agravamento da crise sanitária no país e a necessidade de novas medidas restritivas não devem permitir uma melhora tão rápida no ritmo da retomada.
A Prefeitura do Rio publicou nesta quinta-feira novas medidas restritivas com validade até o dia 11 de março. Entre elas, estão a proibição de funcionamento de quiosques, boates e feiras de artesanato. No estado de São Paulo, todas as cidades foram colocadas novamente na fase vermelha, a mais restritiva da quarentena que proíbe o funcionamento do comércio e restaurantes a. A medida entra em vigor no sábado (6) e deve permanecer até 19 de março. (G1)