O dólar abriu em alta nesta quarta-feira (3), com as atenções ainda voltadas para as discussões no Congresso em torno da PEC Emergencial em meio às preocupações com a trajetória do endividamento público e com a pandemia ainda fora de controle no país.
No radar também estão os números oficiais do resultado do PIB (Produto Interno Bruto) de 2020.
Às 9h02, a moeda norte-americana subia 0,16%, cotada a R$ 5,6731. 
Na terça-feira, o dólar saltou 1,12% e fechou a R$ 5,6633 – maior patamar de encerramento desde 3 de novembro de 2020, quando a cotação foi de R$ 5,7609. No ano, a alta acumulada chega a 9,18%.
Na véspera, a alta foi pressionada pela decisão do governo federal de elevar a tributação a bancos e rumores sobre flexibilização de regras fiscais.
A leitura do novo parecer da PEC Emergencial, oficialmente protocolado nesta terça-feira, não confirmou os maiores temores do mercado de que o texto pudesse trazer flexibilizações adicionais ao teto de gastos, o que ajudou a reduzir o ímpeto do dólar. Ainda assim, o texto trouxe uma versão mais desidratada da proposta, mantendo no mercado a incerteza sobre aumentos de gastos sem contrapartidas a contento.
A moeda e a bolsa de valores do Brasil passaram a ocupar a lanterna entre seus pares neste ano, conforme investidores temem abandono da política econômica liberal e seus consequentes impactos sobre a agenda de reformas e o futuro das contas públicas, destaca a Reuters.
Na noite desta terça-feira, 4 conselheiros da Petrobras pediram para deixar o cargo após a interferência do governo no comando da estatal.
No exterior, permanece a expectativa de maior inflação e liquidez nos Estados Unidos com o pacote de US$ 1,9 trilhão, o que contribui para um maior deslocamento de investimentos alocados nos países emergentes para o mercado americano e, consequentemente, para um câmbio mais pressionado no Brasil. (G1)